O QUE NOS INSPIRA?
... ou nossas crenças
e valores
(2) Uma alimentação saudável respeita necessariamente os seres humanos e outros seres vivos,
(3) O ecoturismo envolve interpretação, conservação e sustentabilidade,
(4) Educação ambiental e sustentabilidade social são dois lados da mesma moeda.
(1) A experiência não é simplesmente o que nos acontece, mas o sentido que damos ao que nos acontece.
A compreensão da experiência é como reagimos ao que nos acontece e qual significado damos a isso. Todos os dias, muitas coisas acontecem, mas, ao mesmo tempo, quase nada nos acontece. A experiência, a possibilidade de que algo realmente nos toque, requer uma pausa para olhar, ouvir e sentir. Para brecar a ação automática, cultivar sutileza, falar sobre o que nos acontece.
Opondo-se a cultura que diz respeito à quantidade de experiência, velocidade e informação, no projeto Aperuna vamos ouvir atentamente aos nossos anfitriões, reviver suas memórias e viver com eles. Mas a experiência também será adquirida com o silêncio e um olhar autorizadas no meio ambiente.
(2) Uma alimentação saudável respeita necessariamente os seres humanos e outros seres vivos
Somos todos tocados pelo que toca outros seres que têm sentimentos e impressões como as nossas. Estamos realmente interessados no que outros seres humanos e animais experimentam. Não somos, ou não podemos ser, indiferentes a sua dor e sua alegria. Queremos obter e disseminar o conhecimento, mas também despertar a consciências em relação a esta questão.
O que nós, como seres humanos, experimentamos nesta convivência com as outras espécies? Como podemos ouvir e fazer ouvir as vozes daqueles que não falam lÃnguas humanas?
Os animais têm enfrentado um paradoxo. Enquanto o mercado pet ganha bilhões por ano e pessoas gastam esses bilhões em animais de estimação, milhões de bois e porcos (e bilhões de galinhas!) são abatidos para se tornar alimento e outros bens de consumo. Na maioria das vezes, em uma demonstração explÃcita da incapacidade dos governos de fazerem as ligações entre os vários aspectos envolvidos neste comércio.
Durante muito tempo pensou-se que as pessoas não podiam viver - pelo menos com saúde - sem proteÃna animal. No entanto, cada vez mais estudos têm demonstrado que a ingestão de nenhuma carne (ou menos carne) e produtos de origem animal não só é possÃvel, mas desejável.
Além disso, a pecuária ainda é a causa predominante de desmatamento da Amazônia. E essa atividade, com a produção de soja, muito da qual utilizada para a alimentação animal, está relacionada a altos nÃveis de violência contra ambientalistas.
De frente para a crueldade dessa cadeia e os elementos responsáveis pela degradação do meio ambiente, muitas pessoas estão adotando uma dieta vegetariana ou vegana. Apoiamos essa idéia e fazemos a nossa parte, falando sobre as relações entre o nosso prato e um mundo mais feliz para todo o planeta.
(3) O ecoturismo envolve interpretação, conservação e sustentabilidade
O ecoturismo é caracterizado pelo contato com ambientes naturais em atividades que possibilitam o conhecimento da natureza e a proteção das áreas em que ocorre. Assim, o ecoturismo está diretamente relacionado com o conceito de turismo sustentável, que se atende tanto às necessidades dos turistas quanto das regiões de acolhimento, protegendo e aumentando as oportunidades futuras. Ele inclui a gestão dos recursos económicos e sociais e dos aspectos estéticos, mantendo a integridade cultural, os processos ecológicos essenciais, a diversidade biológica e os sistemas de suporte à vida. Neste projeto nós procuramos seguir os caminhos do verdadeiro ecoturismo, aprender e contribuir para a sustentabilidade.
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(4) Educação ambiental e sustentabilidade social são duas faces da mesma
moeda
Nós acreditamos que o modelo dominante da nossa civilização, baseado no excesso de produção e consumo, é a principal causa de problemas como a pobreza crescente, degradação humana e ambiental e da violência.
Apoiamos o Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis, documento escrito e aprovado por educadores de vários paÃses durante a Conferência do Rio, em 1992.
O Tratado tem 16 princÃpios, alguns dos quais são muito significativos para nós:
(a) a Educação Ambiental (EA) é um processo de aprendizagem contÃnua, com base no respeito por todas as formas de vida, que requer responsabilidade individual e coletiva em nÃvel local, nacional e global
(b) EA não é neutra, mas um ato ideológico, polÃtico, baseado em valores para a transformação social;
(c) EA deve estimular a solidariedade, igualdade e respeito pelos direitos humanos, por meio de estratégias democráticas e interação entre as culturas;
(d) EA deve abordar questões crÃticas globais, como por exemplo, população, desenvolvimento, saúde, democracia, fome, degradação da flora e fauna - suas causas e inter-relações em uma perspectiva sistêmica, em seu contexto social e histórico.
